Pela terceira vez, a Pallas está concorrendo como Editora do Ano do Bologna Prize (BOP), criado em 2013 pela Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, em parceria com as associações Italiana de Editores (AIE) e Internacional de Editores (IPA). O prêmio contempla editoras que se destacaram pela inovação em seu trabalho no ano anterior. A Pallas é a única brasileira na disputa.

Concorrem também a argentina Ojoreja, a chilena Amanuta e as colombianas Rey Naranjo e Tragaluz. A Pallas esteve entre as finalistas em 2014 (quem ganhou foi a mexicana Petra) e em 2016 (conquistado pela Ekaré, da Venezuela). O prêmio também cobre o mercado editorial da África, Ásia, Europa, Oceania e Américas Central e do Norte. O Brasil ganhou o prêmio uma única vez, em 2013, com Cosac Naify, que encerrou suas atividades em 2015.

As editoras vencedoras serão anunciadas durante a edição virtual da Feira de Bolonha, que será realizada entre 14 e 17 de junho.

Fundada em 1975, no Rio de Janeiro, a Pallas dedica grande parte de seu catálogo aos temas afrodescendentes. Em seus livros, busca recuperar e registrar tradições religiosas, linguísticas e filosóficas dos vários povos africanos continuamente trazidos para o Brasil durante o regime escravista.

A editora também vem consolidando seu catálogo de literatura infantil e juvenil, com títulos em que histórias africanas e afro-brasileiras são contadas e nos quais personagens negros ocupam o lugar de protagonistas.