Após hiato de quase uma década, Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira volta ao romance com siameses. A obra, de 1320 páginas, foi lançada pela Kotter e contemplada pelo projeto Rumos 2015-2016, do Itaú Cultural.
Em uma narrativa de “fôlego enciclopédico”, segundo definição do próprio autor, a trama — ambientada em 2005, com flashbacks que remontam o Brasil dos anos 1980 — acompanha uma conversa entre os amigos Osmar e Procópio.
Mantendo o estilo fragmentado e experimental que iniciou com as visitas que hoje estamos (2012), Ferreira usa o pretexto de uma simples conversa para visitar inúmeros assuntos, jogando sempre com pares de opostos (amor e ódio, loucura e sanidade, assim por diante).
Além das narrativas de fôlego, o paulista de Mococa lançou os livros de poemas eu, morto (2020) e peixe e míngua (2003) e o infantil O amor pega feito um bocejo (2014).