Uma das principais revistas de reportagens dos Estados Unidos, a The New Yorker é conhecida pela excelência dos textos que publica há quase um século. Oito reportagens publicadas no periódico foram compiladas no livro Os piores crimes da revista New Yorker, que chega em maio às livrarias.
Os artigos do livro publicados nas últimas décadas, tratando de crimes reais, suas consequências, e o como eles podem jogar luz sobre nossos sistemas legais e nossa sociedade. A obra traz um exame sobre o fenômeno dos assassinatos em massa em escolas dos Estados Unidos e das falácias por trás das técnicas de perfil psicológico popularizadas por Hollywood; o dilema de uma artista judia acossada pelo nazismo e por segredos familiares, e de um cineasta estadunidense vítima dos próprios demônios.
Um dos destaques é a história que levou Chris Kyle, o Sniper Americano popularizado em filmes e livros, a ter um encontro fatídico com um jovem veterano de guerra.
Fundada pelos jornalistas Harold Ross e Jane Grant em 1925, a New Yorker é uma instituição norte-americana. O objetivo original era criar uma revista de humor, mas mais sofisticada que as publicações da época. A New Yorker, porém, logo se destacou pelo espaço que dava para os novos talentos literários, a sensibilidade fina com que analisava as notícias contemporâneas, e o rigoroso processo de checagem de dados, que até hoje é reconhecido como um dos melhores da imprensa mundial.
Foi na New Yorker que John Hersey publicou a reportagem Hiroshima pela primeira vez, e foi também nas páginas da revista que Hannah Arendt trouxe Eichmann em Jerusalém ao mundo. Não são nomes isolados no admirável rol de talentos que abrilhantaram o semanário que, como o nome bem indica, tem até hoje sede em Nova York: Dorothy Parker, Philip Roth, J.D. Salinger, John Updike, John Cheever e Jonathan Safran Foer são alguns outros da longa lista de autores consagrados que contribuíram com contos, ensaios críticos, ou reportagens.