O carioca Marcelo Moutinho volta Ă crĂ´nica com A lua na caixa d’água, editado pela MalĂŞ. O lançamento será em 6 de maio, Ă s 19h, em conversa online que vai reunir, alĂ©m do autor, os escritores Luiz Antonio Simas e Rachel Valença, com mediação da crĂtica de arte Daniela Name. A transmissĂŁo será ao vivo pelo canal da Revista Caju no YouTube.
No novo livro, Moutinho reconstrĂłi histĂłrias de pai e filha, evoca o bairro de Madureira, exalta o samba do ImpĂ©rio Serrano e personagens como Dona Ivone Lara e Tia Maria do Jongo, alĂ©m de homenagear Aldir Blanc no texto que abre o volume e dá tĂtulo ao livro.
“Essa aqui, dentro da caixa d’água, Ă© a lua da Zona Norte. Põe a mĂŁo nela… TĂŁo distante na imensidĂŁo, a lua cheia, de repente, estava ali ao lado, passĂvel de toque, trĂŞmula e morna”, escreve Moutinho, que publica crĂ´nicas no site do Rascunho. Algumas delas estĂŁo em A lua na caixa d’água.
No texto de quarta capa, a jornalista Flávia Oliveira diz que os textos do autor sĂŁo “poesia em forma de crĂ´nica”. “É afago, conforto, amparo em tempos de brutalidade, desatenção, abandono.” O compositor Luiz Antonio Simas ressalta a fluĂŞncia do flâneur: “Um raro apanhador de resĂduos que cruzam nossos caminhos de maneira imperceptĂvel e cotidiana: (…) uma velha boneca de pano, um samba do ImpĂ©rio Serrano, uma coleção de canecas de chope…”.
A obra está dividida em três partes. A primeira,Turbilhão de estrelas pequeninas, reúne textos introspectivos. Na segunda parte, explicita a intimidade com o gênero e recorda histórias (as da sua cidade e as dos escritores), faz anedotas, opina diretamente e passeia por temas variados. Destinada à sua filha Lia, hoje com cinco anos, o texto que encerra o volume, Uma carta para 2065, é uma mensagem de esperança, sem desviar o olhar do momento presente.