Lançado em 2003, Invenção: de Arnaut e Raimbaut a Dante e Cavalcanti, com traduções de Augusto de Campos, retorna em nova edição, publicada pela Laranja Original. Para marcar a reedição do livro, os editores Filipe Moreau, Simone Homem de Mello e Vanderley Mendonça participam de um bate-papo no dia 28 de abril, às 19h, transmitido pela página do Facebook da Casa Guilherme de Almeida.
A obra aborda os poemas inventivos dos trovadores Arnaut Daniel e Raimbaut d’Aurenga, e os cantos e canções de Dante Alighieri e Guido Cavalcanti, apresentados por Augusto de Campos. Dividido em duas partes, o livro traz textos que introduzem o leitor no universo translinguístico que o autor propõe, colocando lado a lado o texto original e a tradução correspondente, além da breve biografia de seus criadores.
Na primeira parte, Campos fala de Arnaut Daniel e Raimbaut d’Aurenga, considerados duas das maiores expressões da arte provençal. Na segunda, há seis cantos da Divina comédia, de Dante Alighieri, completamente traduzidos, e canções de Guido Cavalcanti, sempre levando-se em conta as rimas, aliterações, metáforas e todos os outros valores formais.
Nascido em 1931, em São Paulo, Augusto de Campos é poeta, tradutor e ensaísta. Em 1952, com seu irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari, lançou a revista literária Noigandres, origem do grupo que deu início ao movimento da Poesia Concreta do Brasil. Sua obra poética está coligida principalmente nos livros Viva Vaia (1979), Despoesia (1994), Não (2003) e Outro (2015). Integram também sua obra as coletâneas de poemas-objetos Poemóbiles (1974) e Caixa Preta (1975), em colaboração com o artista Julio Plaza.
Com Haroldo e Décio publicou Teoria da Poesia Concreta (1965). Tradutor de poesia, verteu textos dos trovadores provençais e de Dante, Donne, Mallarmé, Rimbaud, Hopkins e os modernos Joyce, Gertrude Stein, Pound, Cummings, Maiakóvski, entre outros.