A espião americana Virginia Hall foi a mulher civil mais condecorada da Segunda Guerra Mundial e sua história foi contada pela repórter Sonia Purnell em Uma mulher sem importância, livro que a Planeta publica agora no Brasil.
Filha de um banqueiro americano e muito aventureira, Virginia perdeu parte da perna esquerda enquanto caçava pássaros com amigos, ao cair de uma cerca e acidentalmente atirar à queima-roupa no próprio pé. A prótese de madeira foi um impeditivo ainda maior na realização do sonho de se tornar diplomata, à época uma tarefa masculina, mas não na excelência do trabalho como espiã.
Ela começou dirigindo ambulâncias na França no início da Segunda Guerra Mundial e mais tarde treinaria células de resistência para sabotagens de guerrilha, como explodir pontes e até mesmo descarrilar um trem de carga. A espiã ajudaria ainda a preparar o terreno para que as forças aliadas invadissem a Normandia e a Provença.
Como líder de guerrilha, Virginia foi uma personagem decisiva no rumo da espionagem e no ponto de vista em relação às mulheres na guerra — além do curso que a luta tomaria na França.
Best-seller do The New York Times, Uma mulher sem importância será adaptado para o cinema pela Paramount Pictures, com a atriz Daisy Ridly (Star wars) no papel principal.
A autora da biografia, Sonia Purnell, é um jornalista inglesa de prestígio, com passagens pela revista The Economist e pelos jornais The Telegraph e The Sunday Times. Nos últimos anos, vem se dedicando à carreira de biógrafa. Seu livro Clementine: the life of mrs Winston Churchill se tornou best-seller, assim como sua primeira obra, Just Boris, sobre o primeiro-ministro inglês Boris Johnson.