Vencedor do Booker Prize em 2015 com o elogiado Breve história de sete assassinatos, o jamaicano Marlon James tem mais um livro lançado no Brasil. Leopardo negro, lobo vermelho, que sai pela Intrínseca, traz uma trama inspirada nas histórias e folclores da África, que perpassa as fronteiras entre o real e o surreal.
No romance, que transborda sangue e violência, o autor questiona os limites da verdade e do poder e o preço da ambição, sempre valendo-se do uso de referências múltiplas, que vão de Gabriel García Márquez, passando por Hieronymus Bosch e o universo Marvel.
O Rastreador é um dos mercenários que se candidatam para encontrar um menino desaparecido, provavelmente o herdeiro legítimo do trono de um império e que talvez nem esteja mais no mundo dos vivos. Guiado por um faro excepcional, que lhe permite identificar bebidas envenenadas e inimigos à espreita a quilômetros de distância, este incansável caçador cumpre sua jornada em uma África pré-colonial.
Passa por cidades ancestrais, desbrava rios e florestas e também esbarra com uma vasta galeria de personagens ― demônios, feiticeiros, bruxas, prostitutas e necromantes ―, muitos deles flutuam entre os gêneros, mudam de cor e alternam entre os status humano e não humano.
Marlon James nasceu na Jamaica, em 1970. É autor do best-seller do The New York Times Breve história de sete assassinatos — livro vencedor do Booker Prize em 2015 — e de outros títulos como The book of night women e John Crow’s devil. Atualmente vive entre Minnesota e Nova York.