A Companhia das Letras vai publicar em fevereiro o romance Loira suicida, da americana Darcey Steinke. Publicado pela primeira vez em 1992 e inédito no Brasil, o livro se tornou marco do feminismo libertário americano e ganhou status de clássico cult moderno.
Na obra, a escritora e ensaísta — autora de cinco romances e dois livros de memórias — cria uma espécie de diário no qual Jesse, uma bela mulher de 29 anos, registra sua incursão pelos domínios mais baixos da San Francisco dos anos 1990.
Filha de um ministro da igreja luterana, a protagonista do romance abre mão dos valores de classe média para seguir, ao lado do namorado bissexual, uma peregrinação por um submundo feito de drogas, bebida e sexo. Em paralelo, Jesse se torna cuidadora e confidente de Madame Pig, uma reclusa excêntrica.
Darcey é influenciada por um vasto time de escritores marginais (Georges Bataille, Jean Genet, Alexander Trocchi, William S. Burroughs, etc.) e dialoga com a literatura queer e noir dos anos 1980 e 1990 — e com autores como Virginie Despentes, Eileen Myles, Jean Rhys, Marguerite Duras, entre outros.
Darcey Steinke nasceu em Nova York, em 1962. É autora de Easter Everywhere, Flash count diary: A new story about the menopause e dos romances Milk, Jesus Saves, Up Through the Water e Sister golden hair. Escreve regularmente para publicações como New York Times, Vogue, Spin, Guardian e Artforum.