Em seu segundo livro de contos, o autor potiguar reúne narrativas que vinha escrevendo e reescrevendo há quase duas décadas. Os textos, por meio de um trabalho de linguagem atencioso, passeiam pelas facetas sombrias do ser humano. Na história que dá nome à obra, vencedora do Prêmio Nacional Ignácio de Loyola Brandão de Literatura, o enterro do cão pode significar algo ainda pior do que conviver com seus restos, afinal, como o narrador sugere em Aniversário, “tropeço, manquejo, coxeio e caminho de novo. Vivo? Vivo”.