“O futuro foi ontem”, escreve Márcia Denser na orelha deste que é o segundo romance de Otto Leopoldo Winck. Ao mapear os sonhos que energizaram os jovens na década de 1960, revisitando gírias, costumes e referências que ocupavam a capital paranaense da época, o escritor se vê obrigado a — por consequência do AI-5, para dar um exemplo — destruí-los. Essa narrativa de ascensão e queda é representada, aqui, por um trio de jovens que iria mudar o mundo — e acaba se deparando com a crueza da realidade.