No “livro em branco” do carioca Henrique Rodrigues, parafraseando uma definição utilizada pelo eu lírico, os versos parecem tentar compreender o que há de efêmero na existência: “a pretensão do eterno/ não passa nem deste inverno”, como se lê no poema Tatuagem. Além de flertar com temas atuais, Previsão para ontem passeia — desde seu título paradoxal — pelo passado que ainda se faz presente, com atenção especial ao “que é só mesmo enquanto”.