Através da busca pelo próximo, o encontro consigo mesmo. Em seu romance de estreia, A. S. Kremer parte da serenidade que pode haver em olhos tristes para narrar uma história, num primeiro momento, de obsessão e autodescoberta. Num segundo momento, a personagem é revisitada trinta anos depois e o que se evidencia é uma senilidade precoce, opondo-se ao que havia, inicialmente, de vital e pulsante. A narrativa se constrói dessa dualidade, no que lembranças, vivências, interpretações e fantasias vêm à tona.