Numa empreitada alegórica sobre uma das possíveis formações do povo brasileiro, o carioca Nei Lopes dá continuidade ao seu projeto literário ao contar a história do negro Nozinho, que falava até iídiche com a judia Rachel. Nesse misto de “realismo mágico afro-judaico e roman à chef brasileiro”, como o jornalista Hugo Sukman define o romance, Lopes elabora uma história sobre o encontro de duas comunidades historicamente perseguidas e escravizadas, no Rio de Janeiro da primeira metade do século 20.