É o estrangeiro de fato, onde as histórias são situadas, e o estrangeiro como metáfora dos tempos modernos que norteiam os 15 contos desta que é a segunda incursão do pernambucano Fernando Monteiro pela narrativa curta. Se o século 21 nos oferece um sem-fim de informações a todo momento e pode, para os desavisados, parecer um momento elucidativo da História, Monteiro evidencia o estado de cegueira generalizado através de contos desorientadores — como em Eliza Fraser, a história de uma mulher estranha para si mesma.