Junho sensacional
Que edição é essa [junho #206]? As pessoas do meu convívio ficaram curiosos ao me ver lendo um jornal com tanto entusiasmo, velocidade. Amo o Rascunho por ser estudante de Letras, amo por ter um site literário, amo por ser escritora, mas amo mais ainda por ser leitora compulsiva antes de tudo isso. E a edição de junho superou todas as expectativas por justamente abordar tudo que amo. Texto profundo e reflexivo de escritor para leitor com Fernando Monteiro: Afinal, estamos escrevendo para quem? (final). Texto informativo e de muito conhecimento com Nelson de Oliveira: Maupassant: O domínio do mínimo. Critica maravilhosa do livro Céu subterrâneo, de Paulo Rosenbaum, obra que entrou para minha lista de “livros do rascunho”, mas confesso: furou a fila com desaforo, semana que vem já estou comprando. E que texto maravilhoso de Raimundo Carrero: Língua portuguesa e criação literária. Ah! A entrevista encantadora com Ronaldo Correia de Brito. Fiquei tão fã que corri para adicioná-lo no Facebook, amo amizades literárias. E claro, a coluna que abro o jornal e corro para ler, José Castello, o camarada não é um conhecedor simples da literatura, é muito mais, pois nunca li algo dele desfazendo de uma literatura ou autor, me encanto com a humildade dele expressa em seus textos. Crítico com currículo enorme e com Alma do bem. É um jornal não só para leitor e escritor, mas para acadêmicos e quem ama a arte pela arte, a arte por amor. Mas essa edição superou tudo e todos, de qualidade, informação e PRAZER — prazer em ler, divertir e compreender como a literatura faz diferença na nossa vida.
Patrícia Brito • Teixeira de Freitas (BA)
Bravo, Wilberth!
Quero parabenizar Wilberth Salgueiro, da coluna Sob a pele das palavras, pelo excelente texto Como é bom ser camaleão, de Chacal, o melhor da edição 207, de julho, um dos melhores que já li no Rascunho. Que trecho sensacional: “A figura do camaleão no poema de Chacal aponta para um tipo de resistência pouco considerada nos ensaios crítico-teóricos acerca da poesia marginal: o disfarce, como resistência. Com facilidade, esse disfarce pode se confundir com ‘alienação’ ou ‘covardia’, ao não reconhecer ou não enfrentar abertamente o inimigo. Mas fingir-se de pedra na presença do inimigo é já, de algum modo, reconhecê-lo e enfrentá-lo. A arte do fingimento como tática de sobrevivência: não reside aí, nessa espécie de mimese, uma razão de ser da própria arte?”. Bravo, Wilberth!
Emmanuel Mirdad • Salvador (BA)