O poeta paulista Álvaro Alves de Faria navega entre o horror de continuar vivo, arrastando pelas ruas uma existência sem sentido, e a afirmação da vida plena. Se por um lado, “devia ter-me matado aos 37 anos”, por outro pedala de encontro ao infinito, em sua bicicleta voadora, herói de si mesmo. Nessa desarmonia harmoniosa, um espaço às mulheres, entre o céu das putas e o inferno das santas, reconhecendo sua natureza ambígua.