Vencedor do IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantojuvenil, A última raposa do mundo é uma narrativa distópica em que a única sobrevivente em meio a uma grande destruição é a raposa, que se prepara para o discurso derradeiro do alto de um edifÃcio da cidade contaminada. De repente, entre os entulhos de smartphones, um deles começa a tocar. Nesse momento, o leitor é convidado a descobrir quem está do outro lado da linha. A obra aborda questões universais, como o valor da amizade, a importância do contato fÃsico e os livros como portais para imaginar novos mundos, principalmente no que se refere a relações virtuais e distanciamento social. Um dos dilemas da personagem principal é, justamente, a ausência de livros fÃsicos em um mundo de smartphones sem bateria. Além disso, ela reflete sobre a solidão e a saudade de conversar presencialmente com outros seres vivos. A personagem principal da obra é uma raposinha-do-campo (Lycalopex vetulus), espécie encontrada apenas no cerrado brasileiro e considerada vulnerável à extinção.