Romance de estreia de Enrico Ianniello, A vida prodigiosa de Isidoro Sifflotin venceu diversos prêmios. O personagem central é um menino napolitano que, com a ajuda de seu pássaro Ali, cria uma nova linguagem que carrega uma mensagem de humanidade e liberdade. Ele nasceu na região do tornozelo da bota da Itália. Na casinha de Mattinella, que está de pé há 300 anos e “nunca desabará”, o prodigioso Isidoro refina um presente milagroso, recebido não se sabe como de Quirino — o pai vesgo, poeta e comunista — e de Estrela, a mãe fabricante de macarrão. O mais simples: Isidoro tem o dom de assobiar e assobia prodigiosamente. Com o seu inseparável mainá indiano de bigodes amarelos, Ali, e a ajuda de uma turma do barulho, Isidoro cria uma nova linguagem, o Assobulário, e uma mensagem revolucionária começa magicamente a se espalhar. Justo quando o projeto de uma humanidade feliz e livre de necessidades está prestes a tomar forma, a existência de Isidoro vira de ponta-cabeça. Levando consigo o ensinamento da mãe Stella de que grandes mudanças vêm com o amadurecimento, Isidoro, agora adolescente, descobre Nápoles e, sim, ele se depara, sem nem mesmo perceber, com outra linguagem prodigiosa e silenciosa: a do amor.