Em maio a Companhia das Letras publica Poesia reunida, edição mais completa da poesia de Sylvia Plath já editada no Brasil. O volume ainda traz os livros O colosso (1960), até então inédito na íntegra no país, e Ariel, de 1965, publicado após a morte da autora americana. Completa ainda o tomo, traduzido pela também poeta Marília Garcia, uma seleção de mais de 40 poemas esparsos da autora.
Em versos repletos de referências literárias, botânicas e mitológicas, Sylvia Plath se estabeleceu como uma das vozes mais admiradas da literatura do século XX. Conhecida sobretudo pela poesia, ela é autora de contos, crônicas, diários e um único romance autobiográfico, A redoma de vidro (1963). Sua produção poética foi reunida postumamente em Collected poems (1981), volume vencedor do prêmio Pulitzer.
No bojo da poesia reunida de Plath, também chega às livrarias Euforia, livro da sueca Elin Cullhed. Depois de uma pesquisa meticulosa em torno da biografia e da obra da poeta americana, Elin reconstitui de maneira ficcional, em primeira pessoa, os últimos meses de Sylvia Plath, que morreu tragicamente, aos trinta anos.
A escritora sueca esmiúça as angústias de uma artista que, no fim da vida, experimentou uma espécie de catarse produtiva. A derrocada do casamento com o poeta Ted Hughes e os intensos conflitos psicológicos culminaram na composição de poemas emblemáticos da carreira de Sylvia Plath, que integrariam seu livro mais conhecido, Ariel, publicado postumamente em 1965.
Euforia explora as contradições que precederam o desfecho de uma trajetória brilhante e atribulada. Com surpreendente liberdade de imaginação, Cullhed se dedica a investigar a ambiguidade da solidão, os prazeres do sexo, o sofrimento provocado pela traição, as privações da maternidade e a devoção incondicional ao ofício da escrita.