A Feira do Livro, em São Paulo, realiza sua segunda edição entre 7 e 11 de junho de 2023 (feriado de Corpus Christi). E pela segunda vez, o evento ocupa a praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu.
Com cerca de 130 expositores, a edição deste ano conta com 50 autores e autoras participando de mesas e debates, sem cobrança de entrada. E o evento já confirmou as primeiras presenças de autores nacionais e internacionais.
Poesia norte-americana, ficção brasileira e literatura portuguesa são alguns dos destaques da programação de autores desta edição d’A Feira do Livro, que anunciou em suas redes sociais a participação de Itamar Vieira Jr., Jericho Brown e Richard Zenith.
Os debates acontecerão em dois palcos: o Auditório da Praça, montado diante da fachada histórica do Estádio do Pacaembu, e o Auditório Armando Nogueira, do Museu do Futebol, parceiro de primeira hora d’A Feira do Livro.
Entre as novidades desta edição, está o podcast d’A Feira do Livro — o programa vai publicar os debates na forma de episódios de podcast, para levar as conversas para além dos limites da praça. Estão previstas oficinas, sessões de autógrafos, contação de histórias e outras atividades ligadas ao livro e à leitura. Todas as atividades são gratuitas.
Histórico
O evento foi criado no ano passado pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos voltada para a difusão do livro na sociedade brasileira, e pela Maré Produções, escritório de arquitetura especializado em exposições e feiras culturais,
O arquiteto Álvaro Razuk e o editor Paulo Werneck, diretores d’A Feira do Livro, apostam na ocupação pelo público leitor de um espaço urbano normalmente dedicado aos carros. Realizada aos pés de um dos principais monumentos arquitetônicos da cidade — o Estádio do Pacaembu —, A Feira do Livro “busca refletir a dimensão da metrópole, que vive um grande momento editorial e cultural, com a efervescência de editoras e livrarias independentes”.
Werneck considera fundamental o nexo entre o patrimônio histórico e essa nova cena cultural, que segundo ele “deve ser protegida por políticas públicas voltadas à bibliodiversidade, assim como defendemos o legado arquitetônico da cidade”. Em seu projeto, Razuk buscou criar uma “cidadela de livros” no qual os leitores percorram as “ruas” formadas entre as tendas de expositores.
A edição de 2022, realizada sem marca patrocinadora, foi um dos primeiros eventos da reabertura cultural pós-vacinação contra a Covid-19. A adesão de autores como Ailton Krenak, Drauzio Varella, Mia Couto, Carla Madeira e Djamila Ribeiro — que escreveu em sua coluna que “A Feira do Livro é revolucionária” — garantiu ampla repercussão e abriu para a cidade a oportunidade de um encontro raro e a céu aberto entre escritores, editores e leitores.
