Em seu quinto livro, o jornalista curitibano Luiz Andrioli parte da existência do outro para ressignificar suas próprias experiências. Ao observar os movimentos de sua vizinha, ficcionalmente chamada de Dona Júlia, o autor põe em funcionamento alguns dos mecanismos essenciais da crônica — o olhar sobre o próximo e as minúcias da vida, como estender roupas. Nesse exercício de empatia, carregado de impressões e inspirações, o narrador ganha uma oportunidade de enriquecer interiormente.