🔓 Vidraça

Leminski reeditado e os vencedores do Prêmio de Literatura da Biblioteca Nacional
01/01/2013
Paulo Scott, autor de “Habitante irreal”, vencedor do Prêmio Machado de Assis

Habitante vencedor
Foram anunciados os vencedores do Prêmio Biblioteca Nacional de Literatura 2012. Na categoria romance, Habitante irreal, de Paulo Scott (foto), venceu o Prêmio Machado de Assis. O Prêmio Clarice Lispector, concedido ao melhor livro de contos do ano, ficou com Marcílio França Castro, por Breve cartografia de lugares sem nenhum interesse. Em poesia, Bernardo Ajzenberg levou o Prêmio Alphonsus de Guimaraens pela edição crítica Carlos Drummond de Andrade: Poesia 1930-62. Ajzenberg foi premiado como detentor dos direitos autorais. Fábio Tubenchlak venceu o Prêmio Glória Pondé de literatura infantil com a obra A deusa, o herói, o centauro e a justa medida, enquanto o Prêmio Sylvia Orthof de literatura juvenil foi para Marco Túlio Costa, por Árvore do medo.

Milton Hatoum é um dos autores presentes na antologia “Nado libre: Narrativa brasileña contemporânea”

 

Brasileña
A Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) publica em fevereiro a antologia Nado libre: Narrativa brasileña contemporânea, com contos (já publicados por aqui) de 17 autores brasileiros contemporâneos, entre eles Milton Hatoum (foto), Bernardo Carvalho, Ivana Arruda Leite, Beatriz Bracher, Adriana Lisboa, Alexandre Vidal Porto e João Gilberto Noll. A seleção dos contos ficou a cargo dos professores do Centro de Estudos Latino-americanos da UNAM, Consuelo Rodriguez Muñoz e Carlos Marqués, e a tradução foi feita por alunos e professores do Seminário de Tradução Literária, que tem apoio da Embaixada do Brasil no México.

Clássicos juvenis
Ampliando seu catálogo de títulos juvenis, a Autêntica lança ao longo de 2013 cinco clássicos que se encontram em domínio público. Entre os títulos estão Memórias de um burro, da autora russa Sophie Rostopchine, a Condessa de Ségur (1799-1874), publicado em 1860; O castelo encantado (1907), da inglesa Edith Nesbit (1858-1924); e A guerra dos botões, do francês Louis Pergaud (1882-1915), lançado em 1913. Coordenados pela escritora e editora Sonia Junqueira, os futuros lançamentos se pautam em obras que perduraram ao longo do tempo e trazem mensagens sobre valores humanos universais e atemporais.

Machados à vista
Será anunciada no próximo dia 14 a lista de autores presentes no segundo número da revista Machado, que desta vez sai apenas em formato digital. Co-editada pela Fundação Biblioteca Nacional e Itaú Cultural com apoio da Imprensa Oficial, a publicação busca apresentar a literatura brasileira para editores e agentes estrangeiros. Dos 126 trechos inscritos em ficção, apenas 20 serão selecionados. O terceiro número, que será lançado na Feira de Bolonha, a maior do mercado infanto-juvenil, também será digital e enfocará este gênero. Os trechos devem ser inscritos até o dia 20 de janeiro.

Transgressor
O crítico do Rascunho Marcos Pasche lança De pedra e de carne: artigos sobre autores vivos e outros nem tanto (Confraria do Vento), que reúne resenhas publicadas entre 2008 e 2011 nos principais jornais e revistas do país. Obras de diversos escritores, de João Cabral de Melo Neto a Fernanda Young, passando por Ferreira Gullar, Alexei Bueno, Ronaldo Correia de Brito e Rubens Figueiredo, entre outros, são objeto de análise dos textos do autor. Em seu trabalho, Pasche afirma o papel do crítico como transgressor da condição que o relega a certa marginalidade e que deve se apresentar como voz a destoar da inversão de valores de hoje.

Bardo completo
Longe dos holofotes das livrarias já há algum tempo, a poesia de Paulo Leminski (1944-1989) volta com tudo em fevereiro, quando sai pela Companhia das Letras Toda poesia, edição completa com os poemas do bardo curitibano.

 

Shani Boianjiu, autora de “The people of forever are not afraid”

Israelense
Destaque em listas de melhores romances de estréia de 2012, The people of forever are not afraid, da israelense Shani Boianjiu (foto), sai no Brasil este ano pela Alfaguara. Shani, de apenas 25 anos, passou dois deles no serviço militar obrigatório do exército israelense, e o romance segue três amigas antes, durante e depois desse dramático período.

 

Lêdo Ivo, autor de “As imaginações”

Adeus, Lêdo
Morreu no dia 23 de dezembro, aos 88 anos, o poeta e acadêmico Lêdo Ivo. O alagoano sofreu um infarto durante viagem a Sevilha, na Espanha, em companhia do filho. Ivo era ocupante da cadeira nº 10 da Academia Brasileira de Letras, que assumiu em 1986, sucedendo Orígenes Lessa. Estreou na literatura em 1944, com As imaginações, e publicou romances e livros de crônicas, memórias e poesia, extensamente premiados no Brasil e no exterior. Sua obra foi traduzida nos EUA, Peru, Venezuela, Espanha, Itália, Chile, México, Dinamarca e Holanda.

Rascunho