Tempo de espalhar pedras

Conto inédito de Estevão Azevedo
Ilustração: Theo Szczepanski
01/08/2014

O sono do homem do garimpo é repleto de explosões, de baques metálicos de ferro contra rocha, do chocalho das peneiras preenchidas de areia e cascalho. Sonha mais com o árduo trabalho que precede a pedra que com a pedra dos sonhos, o garimpeiro em seu catre. Com a pedra da riqueza, sonha muito mais acordado — o corpo em seu descanso e a mente em seu torpor são mais afeitos à realidade que o garimpeiro em pleno entendimento, durante a vigília. As mulheres também não estão em seu devaneio, na vigília as tem de todos os tipos se houver fartura, enamora-se da que mais lhe aprouver, e ela retribui, seja casada — quando faca e revólver costumam advir das frases galantes —, solteira ou mulher-dama. Tampouco sonha com outra vida, pois pena em concebê-la, cerceado pela imponência dos chapadões e do universo por eles delimitado. Se não os ultrapassa, se é por eles comprimido em vales e gerais, esse universo expande-se cada vez mais para dentro, rumo às entranhas da terra onde homem nenhum, por mais valente que seja, se aventura, perigo de apagar-se o lampião e ganhar, o homem, caixão mais amplo e mais escuro que o do mais rico dos ricos. Ou rumo às cavernas que o homem mesmo constrói à base de pólvora e dos braços, de ferramentas e obsessões, em busca do que a terra esconde mas quer lhe mostrar, como costumam fazer as mulheres.

Gomes despertou assustado por causa dos estrondos. Na penumbra percebeu que os olhos de Vitória, como os de um gato preto injetados da bile do mau agouro, refletiam um fiapo da luz da lua que entrava pela janela, aberta para afastar o calor terrível que parecia brotar do barro seco do chão. Entre os sons da noite, um impacto frequente, vindo dos arredores, atrapalhava o sono. Gomes permaneceu calado, esforçando-se para distinguir o que ao sonho era devido, sentindo ainda o peso da bateia que carregara poucos instantes atrás, na grupiara em que sua imaginação adormecida o obrigara a trabalhar enquanto dormia e que fazia com que ainda se sentisse cansado. Vitória não dizia palavra nem se mexia, quem sabe morrera e o espírito aguardava apenas que Gomes lhe empurrasse as pálpebras para subir — ou descer, se o que aterrorizava a velha se confirmasse. Gomes inquietou-se. Ainda dormia e por isso temia os assuntos que o divino só discutia com o caído e vice-versa? Um ruído que ele conhecia bem, de picareta perfurando pedra, fez-se ouvir, vindo de distância indefinível. Gomes convenceu-se: despertara. Ainda deitado, olhou fixamente para a mulher e viu seu rosto pender por sobre o pescoço, em sua direção, como a dizer-lhe “sim, também ouço”, e retornar à imobilidade anterior.

Numa casa vizinha, mãe e bebê despertaram. O bebê chorava, nem era mais o ruído, era a fome, visitante que nunca deixa de honrar seus compromissos, mas a mãe, irritada com o barulho, e culpando-o pela dor que sentiria novamente no mamilo rachado agora que o sono do filho fora interrompido por aquele ressoar ensurdecedor e que parecia vir de algum recanto olímpico onde um ferreiro manco forjasse uma peixeira, a mãe externava sua raiva gritando com o filho, dizendo-lhe criatura terrível, para que o tivera, melhor tivesse feito o chá de pó torrado da raiz de fedegoso — Vitória a alertara tantas vezes da beberagem — e expurgasse o desgraçado. Quando o pequeno, porém, encontrou o seio machucado, uma ternura irresistível invadiu-a, no mesmo instante esqueceu-se do muito que praguejara e, enquanto o bebê, alheio a tudo o que se passava, a sugava, a mãe dirigiu os xingamentos que gestara e os que ainda estavam em gestação, modo de não desperdiçá-los, ao infeliz que tanta algazarra fazia no meio da madrugada.

Dormindo em seu quarto, Ximena nem notara o incomum da noite. Não porque seus ouvidos estivessem desabituados aos sons dos instrumentos dos garimpeiros e por isso não fossem por eles estimulados. Estavam habituados, mas não era essa a razão. Prosseguia adormecida porque bebera demais. Em algum sonho, aquele ribombar, atenuado pelo torpor etílico, talvez soasse como um batuque aprazível como o dos tambores dos pretos, que, se Ximena estivesse desavergonhada, faziam-na rodopiar segurando a saia, e quem sabe a cantilena irreal a embalasse na rede. Gomes, cujos pensamentos costumavam ser mais difíceis de conciliar com o sono do que os ruídos que percorriam as vielas naquela noite, não suportou o leito e levantou-se. Vitória permanecera imóvel e ele acreditou que dormisse. Acendeu uma vela sobre o oratório, na sala. Com o ombro encostado ao batente, pela porta aberta Gomes observou a filha moldada ao arco da rede, o calor bruxuleando na pele suada das pernas esticadas para o alto. Gomes afastou o olhar para a sala. A sala de poucos móveis. O piso com algumas ranhuras na camada fina de terra que recobria os grandes lajedos sobre os quais a vila prosperara. O oratório desprovido de imagens. A mesa pequena que ele mesmo construíra. Sobre a mesa, um prato de metal, sujo, um par de agulhas de Vitória, um lampião apagado, duas garrafas. Ao redor, três cadeiras, uma delas com o encosto quebrado, preso apenas a uma das hastes. Amanhã dou um jeito, repetiu a promessa de todas as noites. Um tapete puído próximo à soleira de entrada. Tudo desinteressante demais. Incapaz de fixar-se nesses objetos tão gastos pelo olhar, voltou-se novamente para o quarto da filha, invadido por um filete da luz da vela que seguia pelo chão e que, para tentar alcançar a parede oposta à porta, se erguia e se arrastava por sobre seu ventre, rabiscando-o em um movimento mínimo quando a brisa morna fazia oscilar a chama.

Gomes deu um passo para dentro do quarto. O ombro doía-lhe, era isso, carecia mudar de posição, e não tinha sono para voltar à cama. O calor ali dentro parecia incomodá-lo mais. A brisa que mal soprava — quando o fazia, era hálito quente expirado pela bocarra do mundo — era um álibi: a destrambelhada nem abrira a janela antes de deitar-se. Instintivamente, esticou o braço em direção a filha. Moveu depressa a mão para o alto e para baixo, abanando-a. Se o movimento desajeitado e sem ritmo expulsava de perto de si algum ar, mesmo cálido, o colo da filha nem sequer reparou. Vindas do pescoço, de trás das orelhas, da penugem lisa e tão diferente do cabelo que cobria sua nuca, gotas deslizaram devagar em direção à alça caída do vestido, que a moça não tivera condições de trocar pela camisola antes de desmaiar embriagada. O velho sentiu sede. Parecia poeira seca na boca. Gomes recolheu o braço, úmido também pelo ritmo que mantivera inutilmente, e saiu em busca de algo para beber. Mirou as garrafas sobre a mesa e escolheu a inadequada: mais que ter sede, desvairava, tinha pensamentos de homens que detestava. Bebeu. Se não lograra fazer descer a poeira seca da boca, descera junto com as goladas para dentro de si o ar abafado de fora, e agora era Gomes que calcinava as paredes, os parcos móveis, a filha que dormia a uma curva dos olhos. Desanuviou-se. Ele era, como a vegetação seca de todo agosto, afeito às chamas. A garrafa logo se esvaziou.

Um novo estrondo, como os que o despertara naquela noite, interrompeu seus devaneios. Afastou a cortina, esperou os olhos acostumaram-se à penumbra e confirmou: Vitória permanecia imóvel. Curvou-se, aproximou o ouvido do leito e notou o ronco baixo da mulher que, experiente na educação dos sentidos, decidira não incomodar-se com mais nada naquela noite. Os olhos, os ouvidos e a pele só viam, ouviam e sentiam o que a ela aprouvesse. Fingia a dor das pancadas de Gomes, se fosse necessário para a intenção do marido; as sombras furtivas no quintal, próximas a janela de Ximena, só as divisava se fosse o caso de advertir a filha da aproximação do pai; as imprecações de Gomes contra o coronel, Rodrigo ou outros garimpeiros, dessas nem se dava conta.

Gomes fechou a cortina e caminhou novamente para o quarto que construíra para a filha. Entrou e fechou a porta de madeira, não queria que seus passos atrapalhassem o sono da esposa agora que ela finalmente dormia. Se botasse a mão no baderneiro que trabalhava à noite para dormir de dia… Sentou-se numa banqueta próxima a um dos ganchos ao qual a rede de Ximena se prendia. De onde estava, não via o rosto da filha, via apenas seu corpo estendendo-se em direção oposta à sua, e ela parecia comprida, muito maior do que se estivesse em pé, quando mal se comparava em altura às mulheres da noite, não porque fossem essas maiores ou mais bem formadas, mas porque equilibravam-se sobre grandes saltos e tamancas. Separou uma mecha dos cabelos da filha com os dedos, abaixou-se até seu rosto ficar bem próximo aos fios que segurava e cheirou-os. Um forte odor de suor e fumo. Algum resquício de contato com homens? Matava Rodrigo, matava. Tentou afastar da imaginação as cenas, mas elas não paravam de formar-se, cada vez mais visíveis, cada vez mais ousadas, mais dolorosas. Noite, território dos sonhos. Dormindo, tinha-os disparatados, sem sentido e, um alívio, rápidos e fáceis de esquecer após os olhos se abrirem. Sonhar acordado daquela maneira é que era insuportável — pensava em outra coisa, concentrava-se ou buscava esvaziar-se olhando um ponto na parede iluminado pela luz fraca da vela. Rodrigo e Ximena eram vistos entrando e saindo dos matos, conversando na praça. O povo comentava. Vitória calava, a desgraçada. Não zelava pela filha.

Mais um estrondo interrompeu seu sofrimento. A filha moveu-se na rede, em busca de nova posição. A alça do vestido desceu mais um pouco, e um seio escorregou para fora do tecido largo, deixando em destaque na penumbra, qual mancha num tecido, o mamilo rosado. Gomes desviou o olhar. Ensaiou vesti-la novamente. Durante esse ensaio, buscando a melhor maneira de executar o movimento, teve de fixar a mirada na nudez da filha. Aproximou-se. Tocou com uma das mãos o braço em busca da alça caída, e sentiu na ponta dos dedos a pele suada, que parecia febril. Arrepiou-se. Lembrou de Vitória e tentou rezar, mas o alívio que se aproximou quando começou a murmurar para si as preces cobria com um pano esgarçado a culpa, como se a esposa o ameaçasse com os castigos infernais e a justiça divina. Levantou-se. Passou por debaixo do gancho da rede, foi até a janela e não a abriu. Encostou-se, voltado para o centro do quarto. A visão do corpo sobre a rede oferecia-se agora a partir de novos ângulos, o que despertava novos pensamentos. O quanto havia ali da vontade de, com seu próprio amor, mantê-la longe do alcance dos homens que a levariam a perdição certa? Estava confuso. Não sabia se era o certo. Não era — sabia? Não. Mas sabia que era homem, disso ninguém mangava, ai se…, e só sabia afirmá-lo na violência ou na intimidade. Fugisse do desejo, maricava? Não sabia. Mas capaz. Quantas vezes num instante como aquele, atormentado pelo que o corpo lhe designava, voltara rapidamente ao catre e, com violência, forma de combater tormenta com tormenta, submetera Vitória, que dormia? Levantava sua camisola e, antes que ela com muxoxos ameaçasse protestar, tapava sua boca com a palma da mão — e era para o seu bem, porque a impedia de, apenas recusando-o, impeli-lo a um destino abjeto do qual ainda lutava por escapar. Penetrava Vitória num furor que calada ela cria demoníaco, movimentava-se o mais depressa que podia, arfava, pois também para ele aquela relação era um sacrifício a que se submetia na única intenção de expulsar de dentro de si, por algumas horas, a doença incubada que um dia o transformaria no ser vil que temia vir a tornar-se.

O ruído ao longe aumentou e Gomes voltou a si. Reconhecia seus tons: alguém garimpava na vila. O insólito dessa conclusão conseguiu ocupá-lo, e seu corpo, ainda encostado à janela, distendeu-se. Não durou muito, no entanto, a distração. Visse um veio de ouro a brilhar magicamente em meio às ranhuras das paredes, tampouco a ele se ateria naquele instante, apesar da fome e da privação dos últimos tempos, já que nada lograria afastá-lo das sensações mais intensas que um homem poderia experimentar se não estivesse com a faca apontada para o ventre de um desafeto ou com uma lâmina bailando diante de seu próprio, às vezes desviando-se num recuo, noutras sentindo a ponta a queimar-lhe a pele. Uma faísca lhe percorria o corpo em ondas, de baixo para cima: tal uma canela-de-ema que se incendeia depressa ao menor contato com a fagulha, encadeavam-se no juízo até então confuso do velho, após o primeiro calafrio provocado pela imagem obscena que acabava sempre por se oferecer, razões que legitimassem num contorcionismo obtuso o gesto que ele até aquele momento fora forte o suficiente para abortar — ou temente a Deus, como no mais das vezes pensava, na intenção de obter, sem que Vitória imaginasse, seu perdão. Os lábios entreabertos da filha, com alguma saliva empoçada nos cantos, ensaiaram palavras incompreensíveis, vindas de algum sonho. Gomes deteve a respiração, assustado com o que lhe pareceu um gemido. Provocação? O mecanismo desesperado da busca por uma justificativa externa para a vontade que o lacerava agia. Convinha não lutar contra algo que lhe parecia irrefreável, contra o que já sentia que o derrotava, e quem sabe esforçar-se para construir de ar e sonho naquele quarto outro alvo para sua volúpia. Imaginou-se cruzando a soleira da casa das putas, em que tantas vezes estivera e onde era capaz, por pouco tempo, com brutalidade controlada e algumas moedas, de afastar do pensamento Vitória e Ximena, que o importunavam pelo que lhe despertavam de oposto: uma, asco, a outra, calores. Nos cantos da sala de alguns abajures e pouca luz que via em sua imaginação, Gomes então inseria as mulheres com quem costumava deitar-se, mas com algumas melhorias — elas, como eram, em transparências, rugas e cicatrizes, não lhe serviam naquele instante, pois lutavam contra adversária real e que, se um dia também acabaria por ganhar cicatrizes e rugas, na penumbra daquele quarto tinha só encantos. Imaginou as pernas daquelas. Equilibravam-se sobre sapatos de salto e, por falta de jeito, isto lhes davam curvaturas irreais de pomba e aumentava-lhes as bundas e os peitos. Perfumes adocicados, diluídos em generosas doses de álcool para multiplicar os frascos ou o odor do talco que se pegava às línguas, se fosse início da noite. As sempre-vivas presas aos cabelos para as mais maduras, úteis porque lhes emprestavam seu frescor. Mais que tudo, o modo de querer agradar, de ser só sim por poucas horas ou muitas moedas. O estratagema era eficaz, e Gomes sentia seus efeitos. Tocou-se. O bem estar que lhe ofereceu o calor da mão dentro das calças tornou-se incompatível com a atenção necessária para sustentar as fantasias que o levavam para fora daquele quarto detestável, e por isso aos poucos as mulheres da noite começaram a se fragmentar, transformando-se em corpos impossíveis, cujas partes nublavam-se, configurando seres monstruosos. Assim que desapareceram as quimeras, as retinas de Gomes voltaram à silhueta de Ximena, um pouco ridícula em sua posição de boneca quase fraturada, porém ao alcance do toque, e ele não se sentia mais capaz de conter-se. Era como o infeliz que foge por um caminho desconhecido e, após correr o mais depressa que pode por longo tempo impelido pelo medo, se dá conta, com a língua a saltar, de que alguma curva imperceptível o conduzira outra vez ao ponto de partida, onde seus captores lamentavam tê-lo perdido, e o esforço feito na fuga fracassada arruinara as energias de que dispunha para pontapés e socos. Compostas de material etéreo, as figuras lascivas a que Gomes recorrera ofereciam-lhe deleites que ele nunca tivera coragem de pedir a suas correspondentes de carne e osso, mas que exigiam mais concentração do que ele era capaz de ter, no estado em que se encontrava. Quando seu corpo se abstivera de energia exterior que o alimentasse e começara a alimentar-se da sensação que o próprio estímulo produzia — moto-contínuo do desejo — os súcubos se dissiparam e por detrás das nuvens que o impediam de cegar-se surgiu novamente o sol pálido, mas hipnotizador, que era a possibilidade da ultrajante nudez da filha. Gomes se deteve, mas agora sentia as entranhas a queimá-lo. Esforçou-se para resgatar de volta os demônios que, em vez de salvá-lo, distraindo-o, haviam-no atiçado e abandonado próximo ao estado de absoluta irreversibilidade que precede a violência ou o gozo. Aproximou-se da rede onde a filha, em seu alheamento etílico, ressonava, e segurou as pontas soltas da barra de seu vestido. Pelo tempo em que permaneceu imóvel, a textura áspera, gordurosa e um pouco úmida do tecido que as pontas dos indicadores e dos polegares prendiam provocou-lhe frêmitos, como se aqueles pedaços de fazenda absorvessem as qualidades do conteúdo envolvido. Preso ao tempo — imperceptível no relógio, inesgotável na mente — que antecede o crime, Gomes surpreendeu-se com o movimento brusco de Ximena, que sonolenta e bêbada ergueu a cabeça na tentativa ainda instintiva de encontrar na realidade os seres que a atormentavam no sonho ruim. Antes que a filha despertasse por completo, Gomes afastou-se, mas não saiu dali. Ximena esfregou o rosto com o dorso das mãos, o movimento rearranjou tronco e cintura na rede e deixou entrever uma parte interdita das coxas. As mãos de Gomes crisparam-se, e as unhas afundaram-se nas palmas. Ximena bocejou longamente e disse “pai?”. Como o vagalhão que sucede as tempestades na cabeceira do rio e que leva troncos, pedras, homens e animais, o desejo inelutável arrastaria o corpo do homem à deflagração da enorme energia acumulada, e por isso quando a voz da filha, mole, rouca e infantil por conta do sono interrompido atingiu-lhe os ouvidos, Gomes num movimento inesperado com o punho fechado atingiu-a entre o queixo e a boca, fazendo voar do lábio ferido pelos dentes um filete de sangue que manchou a rede e o piso. Ao chegar ao quarto, após ouvir o choro da filha misturado ao retinir do ferro contra a rocha que incomodava o vilarejo, Vitória nem reparou na falta do marido, que se afastava da casa em passos pesados.

Estevão Azevedo

Nasceu em Natal (RN). Formado em jornalismo e letras, é editor e escritor. Publicou seus primeiros livros de contos, O terceiro dia (2004) e O som da nada acontecendo (2005), pelo coletivo Edições K. Seu primeiro romance, Nunca o nome do menino (Terceiro Nome, 2008), foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2009. Tem contos publicados em revistas e na antologia de escritores brasileiros Popcorn unterm Zuckerhut – Junge brasilianische Literatur, publicada na Alemanha pela Verlag Klaus Wagenbach. Tempo de espalhar pedras será publicado em breve pela Cosac Naify.

Rascunho