Cartas #maio_16

A opinião, comentários e sugestões dos nossos fiéis leitores
Arte da capa: Hallina Beltrão
31/05/2016

Grandes poetas
Grato ao André Caramuru brilhante tradução de Anne Waldman [edição 192, abril]. After les fleurs, poema lírico extraordinário cuja estirpe remete a Emily Dickinson e Frost. Mais uma vez obrigado por nos apresentar tão grandes e desconhecidos poetas.
J. Fausto Toloy • Campina da Lagoa – PR

A subjetividade do gosto’
Como podemos qualificar um texto que não traz em si o rastro de uma intelecção originária? Talvez como medíocre; no entanto, por ocupar certo espaço de prestígio melhor seria qualificá-lo como inepto; enfim, não é este o assunto. Como sentencia o autor do texto referido [edição de fevereiro], o senhor Nelson de Oliveira, o gosto é subjetivo. Mas o que vem a ser gosto? E valor? E estético? E o Belo? Não há sombra de nenhum destes conceitos no longuíssimo texto do senhor Oliveira. Utiliza-se apenas de rótulos, tal como em casas mais humildes as senhoras utilizam as latas de leite para guardar o feijão e as garrafas de refrigerante para pôr água na geladeira, com a única diferença de que as senhoras encontram, no melhor espírito de reciclagem, uma nova utilidade para os objetos, enquanto que o senhor Oliveira, aparentemente, não sabe do que está falando. Defender a subjetividade do gosto é uma ingênua artimanha que alguns utilizam para esconder sua própria falta de gosto atrás de um relativismo que a qualquer estúpido abraça. Basear-se apenas em duas ou três afirmação de Kant, ainda por cima de maneira descontextualizada, e citar o nome de Pierre Bourdieu sem outra função que citar uma autoridade dos novos tempos, só ampliam o meu subjetivo desgosto. O desprezo com que cita os nomes de Platão, Aristóteles e Tomás de Aquino revelam a preguiça do autor em de fato debruçar-se sobre a questão do valor estético e participar de fato do debate que tais autores travaram seriamente, preferindo esconder-se no mais fácil que é dizer “Eu gosto assim!” De fato, precisamos falar sobre o valor estético, mas aprendamos a abrir a boca só quando tivermos certeza.
Francivaldo Lourenço • via e-mail

Leitura prazerosa
Quero parabenizá-los pelo ótimo trabalho do Rascunho. É realmente maravilho contar com um veículo que se dedique exclusivamente à literatura e com tal envergadura. Uma leitura profundamente prazerosa.
José Rangel • São José dos Campos – SP

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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